
Muito além da sua presença no céu, a Lua habita também no interior de cada ser humano. Não como metáfora vazia, mas como força viva, silenciosa e pulsante, refletida nos nossos ciclos, emoções e transformações. Ela é o espelho da alma — mostrando-nos, sem julgamentos, as marés internas que nem sempre conseguimos nomear.
Assim como ela se esconde e ressurge no firmamento, também nós oscilamos entre a luz e a sombra, presença e recolhimento, força e fragilidade. A Lua ensina-nos que não somos lineares, que a vida não é uma constante ascensão, e que existe sabedoria no escuro, beleza na espera e cura no recolhimento.
No campo do esoterismo e da psicologia arquetípica, a Lua simboliza o inconsciente, o feminino sagrado, a intuição e os mistérios do mundo interno. É ela quem rege os sonhos, os pressentimentos, os sentimentos que não obedecem à lógica.
Quando nos sentimos instáveis sem razão aparente, muitas vezes é a Lua em nós que se move, chamando-nos para ouvir algo que a mente racional não consegue expressar. Ela fala em sussurros, em arrepios, em lágrimas que vêm sem aviso e em alegrias inexplicáveis.
Viver em harmonia com a Lua interior é honrar os próprios ritmos. É permitir-se parar quando todos exigem produtividade. É saber esperar o momento certo de agir, de semear, de colher, de desapegar. É entender que nem todos os dias serão iluminados, mas que mesmo os dias de escuridão têm o seu propósito: preparar o terreno para a próxima luz.
A Lua ensina que crescer não é sempre avançar. Às vezes, é recolher-se para dentro, silenciar para ouvir, minguar para renascer.
Pergunte a si mesmo, sob a sua luz: “O que preciso sentir que estou a ignorar?”
Olhe para dentro como quem observa a Lua cheia numa noite clara: sem pressa, sem controle. A Lua dentro de si sabe coisas que a mente ainda não entendeu. Ao escutá-la, você acede a uma sabedoria antiga.
Taróloga Silvia
A Equipa Chave Mística
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